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terça-feira, 28 de abril de 2015

Palíndromo da Semana (week`s palindrome)

16/01/16 - O último neto pouco tempo após o nascimento. É o sexto. Ainda muito neném. João Márcio e minha mulher, a avó apaixonada. Avó carinhosa. Um palíndromo que nasceu para esta foto. Observem só seu sorriso de felicidade. Ela só oferece amor... Só dá carinho. E não quer qualquer retribuição. Pede só um sorriso da criaturinha. Quer dar amor e carinho o tempo todo e rezar por ele, por sua felicidade. 
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 08/01/16 -A história de Sinan Nabir, sírio que fugiu daquele país pelo mar Egeu, me comoveu (lembrei-me, com tristeza,  de milhares de cubanos que, em busca da liberdade, longe da ditadura fidelista, tentaram atravessar o Atlântico até Miami, mas pereceram). Que homem corajoso e determinado Vejamos: fazia quase sete horas que ele nadava no retro mar mencionado, da Turquia à Grécia, debaixo de um céu sem nuvens e um calor de 33 graus, quando dois barcos da guarda costeira - um turco, outro grego – se aproximaram para detê-lo.

              Entrevistado pela BBC Brasil ele declarou: “Os turcos me seguiram por uns trezentos metros. Queriam me levar de volta a Bodrum. Eu disse: eu me afogo, mas não volto. Preferia morrer ali mesmo”, lembrou o franzino refugiado sírio de 51 anos, um dia depois de chegar à ilha grega de Kos, porta de entrada para os milhares de pessoas que, como ele, estão buscando uma vida segura na União Europeia. A seguir aduziu:
                  
              “Sim, tive medo. Mas pensei: se eu morrer, eu morro. Que diferença faz morrer lá (na Síria ou no Egito) ou morrer no mar? Que seja o que Deus quiser. Eu quero viver, mas pra isso preciso chegar à Europa. “Tenho 51 anos, não tenho filhos, não tenho nada a perder”, disse à BBC Brasil, recordando a jornada em alto-mar. Apurou-se, ainda, que o destemido sírio tem uma namorada na Alemanha. Por ela, também, valeu o risco. É o amor!  
                      
              Bravo Sinan Nabir, em sua homenagem e a todos os seus com patrícios que morreram tentando encontrar a liberdade, a vida, a paz, fiz este “palíndromo da semana”. Sei que não está a altura de sua coragem e a dos bravos refugiados que pereceram nas águas do mar Egeu, mas é o que sei e posso fazer para saudá-los, corajosos sírios. Aleluia! Aleluia!        

          LÁ É RETRO MAR EGEU, QUE GERA MORTE REAL.


 31/12/15 - Palíndromo do Ano Novo. Não obstante ser difícil acreditar seja possível, desejo a todos um Feliz Ano Novo. Provavelmente estaremos mais pobres. Os petralhas, nesses treze anos de no poder no Brasil, tudo fizeram para transformar o brasileiro num povo infeliz, mas não conseguiram. Não obstante tantos problemas e ameaças que pesam sobre nossos ombros, vejo hoje, 31/12/2015, pela mídia televisiva, que meus com patrícios continuam esperançosos e felizes. Que povo danado de forte. Não obstante os petralhas tenham reintroduzido no país, assustadoramente, a inflação, quebrado a maior empresa do Brasil, a nossa querida Petrobras, enfim, levado nossas finanças ao caos, continuamos acreditando no futuro. Brasileiros de todas as gerações ficaram mais pobres: avós, pais e netos na lona, nocauteados pelos petralhas.
        
      MEDI ATÉ NOVO ANO: LONA O VÔ; NETA IDEM.


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 25/12/15 - É Natal, é Natal, festa do Salvador, que nasceu em Belém, filho de Deus e nosso senhor. É Natal, é Natal, quanta ternura encerra, no céu é na terra é festa total, porque chegou o Natal. (trecho de uma canção que fiz de pareceria com meu  saudoso amigo Heitor Avena de Castro, que com sua adorável cítara encantava as noites de Brasília nos seus primórdios. Nesta magna data da humanidade é impossível deixar de lembrar da minha saudosa mãe, de suas orações e daquelas magníficas saladas de frutas que produzia, em grande quantidade, para servir  aos parentes e amigos, com deliciosas e inesquecíveis rabanadas, Oh! Saudosa mãe. Ah! A minha infância.


 SALADA? E AMA? DA SACADA, RELATA:   NO NATAL ERA DA CASA DA MÃE... 
A DÁ-LAS.




 19/12/15 -  O “ex estado islâmico” da política brasileira, cujos representantes, os pretensiosos, falsos moralistas, arrogantes, os radicais petralhas, que fizeram oposição sistemática, fanática, a todos os governos anteriores e se recusaram, até, a assinar a atual Carta Magna brasileira (tudo na base do velho ensinamento de Lênin, isto é, “os fins justificam os meios”), é um fracasso: dois tesoureiros, um presidente do partido, um prócer partidário , o famoso Pedro Caroço e, recentemente, um senador, todos em cana, condenados por corrupção pela Justiça. E eles ainda se julgam com moral para falar grosso. Criticam o canalha do Eduardo Cunha - ex-parceiros -  mas eles são iguais ou piores. Pretensiosos e prepotentes. Depois de treze anos no poder, a política econômico-financeira por eles adotada deixou o nosso país em frangalhos. É o país do pixuleco, que eles apelidaram de "doações legais". As agências mundiais de classificação de risco nos jogaram no lixo das finanças do mundo. Para esse Brasil com letra minúscula em que os petralhas o transformaram, fiz esta semana um palíndromo (novidade) com palavras palindrômicas, compostas por dois vocábulos, a representar cada um dos poderes, e o povo, dessa corrompida e empobrecida república

SÓ TIROS E SÓ LOBOS; SÓ CÍNICOS; SÓ BOLOS E SÓ RITOS.


Obs: no bojo do frase, além da própria, há três palíndromos: SÓ TIROS E SÓ RITOS; SÓ LOBOS E SÓ BOLOS; SÓ CÍNICOS.  A palavra “bolo”, no sentido dado pelos proctologista, isto é, bolo fecal.  A forma menos agressiva deveria ser “só bobos”, mas aí, lido ao contrário, não seria literalmente igual. Enfim, para facilitar o entendimento: só tiros (no sentido figurado das palavras, isto é, só acusações): procuradores; só lobos: os petralhas, membros do poder executivo; só cínicos: os parlamentares; só bolos: os pelegos  das centrais sindicais, remunerado das boquinhas, nas ruas; só ritos, os Juízes e Ministros.

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12/12/15 - A vitória da oposição na Venezuela enche de esperança o povo brasileiro. Afinal, é possível derrotar os bolivarianos, de araque ou não, como os daqui (eu que sou brasileiro fanático inventei um termo para combatê-los: sou  tiradentiano), no voto, bem como toda essa gente ligada ao abominável foro de São Paulo, que quer implantar no Brasil a ditadura do proletariado, ou seja, o comunismo.  Sei que a maioria não conseguirá apreender a mensagem deste palíndromo, mas, ainda assim, fico feliz só de poder escrever nele o nome da capital do país cujo povo vem sofrendo muito em face da política econômico-financeira desses psicopatas que estão no poder por lá. Feliz também por me permitir usar o verbo sacar (verbo muito utilizado no idioma castelhano, no sentido de tirar). Trata-se de ação que a maioria dos venezuelanos mais almejam neste momento.

A SUMATRA: CARACAS SACARÁ CARTA MUSA.

Obs: depois que publiquei este palíndromo, um leitor me escreveu indagando o que Sumatra tiha a ver com o assunto: Sumatra significa qualquer lugar, isto é, mensagem para qualquer lugar, isto é, qualquer país do mundo. 


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PALÍNDROMO DA SEDE DE PODER NUMA FONTE POLUÍDA.
05/12/15 - Se você contar para alguém, em qualquer país do mundo que não seja o Brasil, que aqui um torneiro mecânico destra, ligeiramente alfabetizado, que se gabava de nunca ter lido um livro, deixou-se decepar o dedo mínimo da mão esquerda e, por isso, aos 42 anos de idade, se aposentou por invalidez, ele daria um sorriso, demonstrando incredulidade. Se contasse, a seguir, que algum tempo após,  esse mesmo cara foi eleito presidente do sindicato da classe e, poucos anos depois, ainda aposentado como inválido, eleito à Presidência da República da indigitada nação, ele cairia na gargalhada e diria ser brincadeira de mau gosto. Imagina, então, se falasse que esse mesmo sujeito conseguiu eleger um “poste” para substituí-lo na Presidência, ele gritaria às gargalhadas: agora conta outra! kkkk, conta outra kkkk!

SEDE MUTILADO DEDO DALI TU MEDES
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27/11/15 - RIO DOCE ENLAMEADO, SÍMBOLO DOS GOVERNOS PETRALHAS. Nunca imaginei – eu capixaba - que um dia o nosso querido Rio Doce, da minha infância, serviria como símbolo aos governos petralhas. Mas não o Rio Doce de antes da tragédia, límpido, cristalino. O de agora, vergonhosamente enlameado, amarronzado pela lama dos empresários e do governo. Afinal, o governo é quem manda de fato na Vale*. Um rio de lama. Só querem o oiro na mala. Essa lama é antiga. Desde os tempos do “poderoso-chefão”. Apenas extravasou agora. Os governos petralhas sempre foram enlameados. Mensalão, petrolão, pedaladas. Dois tesoureiros condenados ao cárcere por corrupção... e sei lá quanta lama, não revelada, haverá ainda. Ontem um pomposo senador petralha dançou. Além da lama, o resto é pose, nada mais. Alguém já disse, com precisão: É IMPOSSÍVEL ESCREVER CORRUPTO SEM ESCREVER PT.

A POSAR? É SÓ NÓDOA... A LAMA... O RIO.   OIRO? À MALA.  AO “DONO” SERÁ SOPA?

Obs: a) sem alarde e utilizando artifícios marotos, o governo retomou o controle da Cia. Vale do Rio Doce, privatizada em 1997. Os fundos de pensão Previ  (Bando do Brasil, Fancef (Caixa),  e Petros (Petrobras), além do BNDES, controlados pelo Planalto, somam agora 52,5 da mineradora. Isso garante a "companherada" proximidade dos negócios bilionários da Vale. Sem licitações, sem TCU, e sem MPF por perto (Coluna Jorge Roriz);
.      b) mais um petralha preso por corrupção. Agora foi o líder dos petralhas no Senado. Porque essa gente, depois de tanta corrupção  dos seus membros,  insiste em permanecer no poder? Já não basta o que "tiraram? Para a presidanta só há uma saída: RENÚNCIA! (25/11/2015).

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20/11/15 - AO RIO DOCE. Disse um poeta sobre as alterosas terras de Minas Gerais: "O seu peito é de ferro e de oiro é o seu coração”. Por isso o homem segue, incansavelmente, a perfurar seu tórax em busca de pelotas de minério de ferro, mas de olho no oiro em que se pode transformá-lo. A lama que produziram virou ouro para eles e desgraça para a população da região, pois este lá, hoje, só é abundante no coração do povo.  O valioso metal, mesmo, foi para a Inglaterra, via Portugal, durante séculos. As malas deles já estão cheias de ouro. Com a incomensurável cupidez que  vem caracterizando as ações do poder econômico na atualidade, talvez consigam também secar o mais querido rio da terra onde nasci. Tirar o Rio Doce do Espírito Santo é o mesmo que despojar o homem do espírito santo. Da sua alma. Sei que muitos – muitíssimos - conterrâneos irão sofrer terrivelmente. Oro e torço para que consigam “ressuscita-lo”.  Dois palíndromos da semana. Não consegui dizer, apenas num, o que pretendia.

         A LAMA NO RIO... OIRO NA MALA.        
         O RIO É DOCE SE SECO DE OIRO.
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Palíndromo da Semana

19/12/15 -  O “ex estado islâmico” da política brasileira, cujos representantes, os pretensiosos, falsos moralistas, arrogantes, os radicais petralhas, que fizeram oposição sistemática, fanática, a todos os governos anteriores e se recusaram, até, a assinar a atual Carta Magna brasileira (tudo na base do velho ensinamento de Lênin, isto é, “os fins justificam os meios”), é um fracasso: dois tesoureiros, um presidente do partido, um prócer partidário , o famoso Pedro Caroço e, recentemente, um senador, todos em cana, condenados por corrupção pela Justiça. E eles ainda têm coragem de falar grosso. Criticam o canalha do Eduardo Cunhas, mas eles são iguais ou piores, porque são bandidos ideológicos. Pretensiosos e prepotentes. Depois de treze anos no poder, a política econômico-financeira por eles adotada deixou o nosso país em frangalhos. É o país do pixuleco, que eles apelidaram de "doações legais". As agências mundiais de classificação de risco nos jogaram no lixo das finanças do mundo. Para esse Brasil com letra minúscula em que os petralhas o transformaram, fiz esta semana um palíndromo com palavras palindrômicas, compostas por dois vocábulos, a representar cada um dos poderes, e o povo, dessa corrompida e empobrecida república

SÓ TIROS, SÓ LOBOS, SÓ CÍNICOS, SÓ BOLOS, SÓ RITOS.

Obs: “bolo”, no sentido dado pelos proctologista, isto é, bolo fecal.  A forma menos agressiva deveria ser “só bobos”, mas aí, lido ao contrário, não seria literalmente igual. Enfim, para facilitar o entendimento: só tiros (no sentido figurado da palavras, isto é, só acusações): procuradores; só lobos: os petralhas, membros do poder executivo; só cínicos: os parlamentares; só bolos: o povo remunerado das boquinhas, nas ruas; só ritos, os Juízes e Ministros.

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11/12/15 - A vitória da oposição na Venezuela enche de esperança o povo brasileiro. Afinal, é possível derrotar os bolivarianos, de araque ou não, como os daqui (eu que sou brasileiro fanático inventei um termo para combatê-los: sou  tiradentiano), no voto, bem como toda essa gente ligada ao abominável foro de São Paulo, que quer implantar no Brasil a ditadura do proletariado, ou sseja, o comunismo.  Sei que a maioria não conseguirá apreender a mensagem deste palíndromo, mas, ainda assim, fico feliz só de poder escrever nele o nome da capital do país cujo povo vem sofrendo muito em face da política econômico-financeira desses psicopatas que estão no poder por lá. Feliz também por me permitir usar o verbo sacar (verbo muito utilizado no idioma castelhano, no sentido de tirar). Trata-se de ação que a maioria dos venezuelanos mais almejam neste momento.

A SUMATRA: CARACAS SACARÁ CARTA MUSA.


PALÍNDROMO DA SEDE DE PODER NUMA FONTE POLUÍDA. 
05/12/15 - Se você contar para alguém, em qualquer país do mundo que não seja o Brasil, que aqui um torneiro mecânico destra, ligeiramente alfabetizado, que se gabava de nunca ter lido um livro, deixou-se decepar o dedo mínimo da mão esquerda e, por isso, aos 42 anos de idade, se aposentou por invalidez, ele daria um sorriso, demonstrando incredulidade. Se contasse, a seguir, que algum tempo após,  esse mesmo cara foi eleito presidente do sindicato da classe e, poucos anos depois, ainda aposentado como inválido, eleito à Presidência da República da indigitada nação, ele cairia na gargalhada e diria ser brincadeira de mau gosto. Imagina, então, se falasse que esse mesmo sujeito conseguiu eleger um “poste” para substituí-lo na Presidência, ele gritaria às gargalhadas: agora conta outra! kkkk, conta outra kkkk!

SEDE MUTILADO DEDO DALI TU MEDE
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11/12/15 -
A vitória da oposição na Venezuela enche de esperança o povo brasileiro. Afinal, é possível derrotar os bolivarianos, de araque ou não, como os daqui (eu que sou brasileiro fanático inventei um termo para combatê-los: sou  tiradentiano), no voto, bem como toda essa gente ligada ao abominável foro de São Paulo. Sei que a maioria não conseguirá apreender a mensagem deste palíndromo, mas, ainda assim, fico feliz só de poder escrever nele o nome da capital do país cujo povo vem sofrendo muito em face da política econômico-financeira desses psicopatas que estão no poder por lá. Feliz também por me permitir usar o verbo sacar (verbo muito utilizado no idioma castelhano, no sentido de tirar). Trata-se de ação que a maioria dos venezuelanos mais almejam neste momento.

A SUMATRA: CARACAS SACARÁ CARTA MUSA.

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13/11/15 - Mário de Andrade, um dos principais lideres de movimento modernistas da semana de arte moderna de 1922, realizada na cidade de São Paulo, escreveu um romance intitulado “Amar, Verbo Intransitivo”, deixando de lado o português castiço e utilizando um linguajar coloquial bem semelhante ao estilo de falar do brasileiro. É uma obra de referência da nossa literatura moderna. Por isso me veio à mente, de repente, vontade de palindromar o nobre verbo, já partindo do pressuposto de que ele, ao contrário (nos dois sentidos, no palíndromo e na vida), muitas vezes, gera o substantivo DRAMA e, talvez, por isso, nem sempre seja uma dádiva. No embalo conclui, também, pelo mesmo motivo, ser o AMOR, SUBSTANTIVO INTRANSIGENTE, que não admite concorrência.
 

AMAR DÁDIVA? NOBRE VERBO, NA VIDA, DRAMA!

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06/11/15 - A presidanta segue seus rumos tortuosos. Discípula número um do poderoso chefão (e ela foi uma ótima aluna), caminhou, perigosamente, pela trilha traçada por ele e pelo seu comparsa de extrema confiança, o agora exonerado ministro Manteiga. Foi essa política econômica miserável adotada pelos dois que levou o país a esse estado falimentar. Isso tudo sem falar da corrupção na Petrobras, quando ela presidia o seu Conselho de Administração. Se ela diz que não sabia de nada, pior pra ela. Mas sua “culpa in vigilando”, na forma do art. 932, do Código Civil Brasileiro, e da súmula do STF 341, é inequívoca. Tais normas disciplinam e consagram, simultaneamente, o entendimento no sentido de que “quem tem o dever de vigiar, e o faz displicentemente, desatentamente, desinteressadamente, enfim, pessimamente”, deve pagar pelas ações e omissões que redundaram em corrupção cometida pelos vigiados”. Se o cargo serviu para ela ganhar uma pequena fortuna mensal, tem que ter a contrapartida, o ônus, Não vou me estender em juridiquês, mas tá na cara que esse entendimento se aplica à corrupção que quase levou à falência nossa gloriosa petroleira. Se ela tivesse um pingo de autocrítica renunciaria.

A NULA, A RÉ DILMA, VELEM... ELEVAM LÍDER A ALUNA.



31/10/15 - Este palíndromo estava quase pronto há algum tempo, mas eu estava aguardando a hora certa para concluí-lo e publicá-lo. O momento, no entanto, passou, pois nesse governo qualquer denúncia de irregularidade deixa de ser novidade no dia seguinte a sua prática, uma vez que logo, logo, surge outra. Assim, ele deveria ter sido divulgado na semana em que o Tribunal de Constas da União confirmou ter fundamento as denúncias sobre as estripulias contábeis da Presidanta, ou seja, o adiamento das despesas de um mês para o outro foi por pura malandragem. Simplesmente para enganar os otários eleitores brasileiros. Na minha mocidade dizia-se: por pura vigarice. Mas em se tratando de ato dos petralhas, já deveríamos estar acostumamos. Nem por isso vou desperdiçar um palíndromo que deu um pouquinho de trabalho. Hesitei no apóstrofo, mas não houve outro jeito.

ETA! ERRO PEDAL É CERA... PAREC`ELA DE PORRE ATÉ 

Obs: a) no Dicionário Informal “cera” é mesmo que enrolar, atrasar propositalmente.
        b) desta vez não vou perder o “time”: vocês ouviram o discurso do poderoso-chefão  na TV, hoje, fingindo indignação e afirmando que levará muita porrada nos próximos três anos,  mas mesmo assim irá SOBREVIVER. Meu Deus! Seria isso uma promessa ou uma ameaça. O Brasil precisa rapidamente de uma operação lava-cara, não acham?  

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24/10/15 - Acionistas da Petrobrás domiciliados nos Estados Unidos - que tiveram tremendo prejuízo com a desvalorização das ações da nossa estatal por conta da corrupção petralha constatada pela operação LAVA-JATO - promoveram uma ação coletiva contra a empresa sob o fundamento de que a Petrobras inflou artificialmente o valor de seus papéis por meio de uma avaliação exagerada de ativos. A presidanta presidia o Conselho de Administração da Petrobrás à época das calamitosas ocorrências. Por isso, quando da sua última estada em Washington, um Oficial de Justiça, aproveitando o ensejo, promoveu sua citação, transformando-a, inconfortavelmente, em ré. Se o Brasil perder essa ação, teremos que pagar uma uma indenização bilionária aos autores da mesma. Uma vergonha para o povo brasileiro. Ela é considerada uma das principais responsáveis pelo desastre da nossa petroleira. No Brasil, ademais, o Tribunal de Contas da União – TCU, em face das suas desabridas pedaladas, melou de vez o leme da presidanta. Sem leme e sem norte perdeu o rumo. Trocam-se ministros como se muda de ternos. Barganhas sem fim. Tudo desandou. Só pepinos atormentam a gestão da presidanta, pelos seus erros clamorosos. E não adianta fazer saudação ao pepino. Seu governo segue como um bêbedo pelos caminhos. Aos trompaços. A única solução honrosa para ela - se tiver um pingo de autocrítica - é a renúncia. 

SOA CARA RÉ DILMA. LEME MELAM. LIDERARÁ CAOS.

Dicionário informal: a)"soa", o mesmo que range, geme. 
                              b) "cara", no sentido de custo financeiro.                                            


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25/04/15 - PALÍNDROMO DA SEMANA - 


A operação Lava Jato segue seu intenso e eficiente trabalho para apurar as malandragens com as quais a bandidagem petralha se valia para roubar o dinheiro da Petrobrás. Segundo os procuradores da Operação, eles usaram todos os ardis possíveis e imagináveis (aliás, em depoimento à PF, o doleiro Alberto Youssef afirma que Dilma Rousseff e o “poderoso chefão” sabiam de todo o esquema do petrolão). Eu vou mais além: penso que o poderoso chefão foi o mentor de tudo. Ontem fomos informados de que o prejuízo da nossa Estatal, com a politização da mesma, realizada pelo “poderoso chefão”, monta a 21.6 bilhões de reais (cálculos para baixo, considerados fajutíssimos  pelos economistas brasileiros). Em qualquer outro país do mundo que se preze, político como o “poderoso chefão” já estaria na cadeia há muito tempo. Só a “Lava Jato” apurou roubo estimado em de 6,2 bilhões (esse é o prejuízo decorrente de roubo, porque da caótica administração petralha, vai a mais de 60 bilhões. Quero saber: quem vai pagar aos brasileiros esse prejuízo? A presidenta ou o poderoso chefão?). E os métodos que utilizavam - descaradamente? O tesoureiro do PT escalava a cunhada Marice Lima, antiga militante do PT, para receber por ele a propina encaminhada pelo doleiro Youssef (aliás, bem a propósito, recente pesquisa informa que eleitores de baixa escolaridade, que têm sido ouvidos, acreditam que o doleiro Alberto Youssef é parente da presidente Dilma Rousseff. Bem, se é parente eu não sei, mas sei que se trata de uma rima riquíssima), entregue à porta do Diretório Nacional do partido e transferi-lo para conta da sua irmã, mulher do tesoureiro. É claro que ela (após ver entrar toda aquela grana fácil) tirava também sua rama (porque ninguém é de ferro). Enquanto isso falta dinheiro a nossa diplomacia, no exterior, para pagar até aluguel de imóveis. Uma vergonha. Depois só Deus sabe o que acontecia com as “doações” oferecidas pelos “caridosos” proprietários de construtoras. Deus e o Vaca (logo-logo irá pro brejo), que um dia confessará:

LIMA/MARICE, RÉ, FOI. AÍ OFERECI RAMA MIL.

Rama - Dicionário inFormal: entre outros sinônimos, o mesmo que “parte” de alguma coisa.
                  

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    Um Encanto do Universo Palindrômico: o Quadro-Mágico.                   
                         As Traduções sugeridas por alguns pesquisadores e ocultistas (?), para este palíndromo, são equivocadas porque o quadro-mágico SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS, não obstante tenha sido criado para passar uma mensagem submilinar religiosa, não quer dizer absolutamente nada, não pode ser o mais antigo do mundo e a indicação da época anunciada para sua criação é desproovida de fundamento. Trtata-se de um simples jogo onomástico com os nomes dos três reis magos, como eclarecerei mais adiante      

                     Vamos aos fatos: em 1936 o pesquisador italiano Matteo Della Corte deparou-se com uma cópia do "quadro-mágico" nas ruínas de Pompéia, cidade soterrada pelo vulcão Vesúvio no ano 79 d/C. 

                     O inesquecível Prof. Júlio César Mello Sousa (que se notabilizou na literatura brasileira com o heterônimo de Malba Tahan), em seu livro Matemática Recreativa (Malba Tahan, “Matemática Recreativa”,1 Volume, Editora Saraiva, São Paulo, 1965), informa, por sua vez, que ele está registrado num manuscrito do século XVII,  da Biblioteca Nacional de Lisboa e que o arqueólogo francês, Prof. Franz Cumot, por volta do ano de l933, na Ásia Menor, encontrou-o entre ruínas que remontam ao III Século d/C. 
                  
                    Com base em informações do escritor inglês John Anthony Bowden Cuddon, outrossim, Otto Lara Rezende, em artigo publicado no jornal "O Globo", de 13  de  julho de 1986, sob o título  "Palíndromo & Capicua", afirma que “no VI século da era cristã, as cinco palavras sofreram uma corruptela na Etiópia e ficaram conhecidas como sendo os nomes dos cinco cravos da cruz de Cristo. Já na França, seriam as cinco chagas (sempre detalhes vinculados a Cristo ou ao seu martírio). 

                    Ainda com fundamento na mesma fonte, o saudoso escritor, na referida crônica, informa que "na América do Sul, o miraculoso palíndromo cura mordida de cobra e facilita o parto. Mas ninguém sabe direito o que  significa”. Enganou-se o mestre. A  informação estava submersa numa obra publicada em 1923. Alguém já sabia, sim, pois sobre ele se debruçara até conseguir encontrar a ponta do fio da meada que veio permitir que se desvendasse os segredos que o cercavam. 

                   É bom esclarecer, de início, que não foi um estrangeiro o autor dessa proeza, mas um intelectual brasileiro, nascido no século 19, chamado João Ribeiro (dados biográficos ao final). Mas o messtre Otto ignorava o fato, como veremos mais a frente.  .

                   Consoane Ribeiro, as palavras que o compõem, com exceção de TENET, não pertencem ao idioma latino, fato, aliás, esclarecido por todos os latinistas consultados à época em que escrevi TUCANO NA CUT (1996), inclusive o prefaciador do meu livro – latinista emérito – o jornalista Sebastião Nery. 

                   Diga-se, de passagem, aliás, que se ele tivesse sido escrito em latim, na certa, não haveria tantas pretensas traduções e/ou interpretações dispares.     
             
               Por essa razão, todas as versões de pesquisadores, escritores e ocultistas (?), de várias nacionalidades, que pretenderam revelar seu significado, por meio de tradução, estão equivocadas. Para ser enfático: são desprovidas de qualquer fundamento cientifico e não passam de meras especulações ou interpretações exóticas e esotéricas de escritores que deram asas à imaginação e adivinharam, deduziram ou interpretaram qual "deveria ser" a mensagem do  autor do quadro-mágico, sem um mísero fato que comprovasse a “descoberta”.  

                 Mesmo assim, tenho lido em “sites” e Blogs - e até na Wikipédia, comentários sem maiores indagações sobre o quadro, seguidos de uma dessas versões - como se fossem realmente traduções irretorquíveis, definitivas, principalmente a do ocultista (?) francês Georges Barbarin, bastante utilizada: “Deus, Criador, mantém com cuidado o Mundo em sua órbita”.

                  Alguns dos que ousaram "interpretá-lo", outrossim, mesmo partindo de pressuposto correto, isto é, que as palavras do "quadro-mágico" são puramente simbólicas, “consideram” que há para cada uma delas, consoante o ensinamento do ocultismo (?), uma interpretação especial.  

                  Assim, para os "adivinhos" eles teriam o seguinte significado:

                                        SATOR     =   o Criador; Deus;
                                        AREPO     =   o Mundo; a Humanidade;
                                        TENET     =   suster; manter.
                                        OPERA     =   cuidado; trabalho;
                                        ROTAS     =   rotação; trajetória;
                                                       
                  Malba Tahan, comentado com fina ironia esta ilação, faz a seguinte observação

“Uma vez fixadas essas interpretações (que nos parecem um tanto arbitrárias) teríamos para a famosa legenda: Deus, Criador, mantém com cuidado o Mundo em sua órbita. É essa uma tradução interessante, que não atende, porém, às normas dos latinistas nem as exigências dos matemáticos”.

      
                Existem outras versões em torno do histórico palíndromo - algumas até elaboradas com bastante erudição - na base do seria-isso-seria-aquilo, que também não atendem às normas aludidas pelo imortal matemático. 

                Numa delas, SATOR seria a forma reduzida de Salvador e o AREPO teria sua origem na frase cabalística A Rex Et Pontifex  O ( o A  e  o  O,    primeira   e   última  letras  do alfabeto grego simbolizam o princípio e  o  fim).  E o palíndromo se traduziria: “O Salvador, começo e fim, rei e pontífice, proteja as obras e os instrumentos agrícolas”. 

             Noutra versão esse palíndromo teria origem em SAT ORARE P  O (per omnia) e o palíndromo seria: “É suficiente orar sempre (e assim) fica o trabalho  diário  no caminho certo”. 

             Mais uma sugere que o SATOR AREPO poderia ser o semeador (ou pai) Arepo e o palíndromo assim se traduziria: “Arepo,  o semeador,  segura as rodas durante o trabalho”.

               Uma quarta variante tenta elucidar o enigma partindo da premissa de que AREPO seria apenas anagrama de  ARchi EPiscOpus. 
             
               Conforme Malba Tahan, o Prof. Mansur Guérios dá duas interpretações ao quadrado mágico. Na primeira, “O agricultor cuida da lavoura e eu passeio de carro” (que me perdoem, mas esta chega ser hilariante). Na outra: “Sator, o pastor, tem suas obras encaminhadas”.
                
             Além dessas ilações ou traduções mistificadoras - perdoem-me a veemência - chamam à atenção nesse histórico anacíclico as contradições sobre a data ou época em que foi produzido e o caráter religioso e místico que o cerca. Irei examiná-los à luz do meticuloso ensaio do jornalista e escritor brasileiro João Ribeiro, (“Colméia” - Edição Monteiro Lobato & Cia., 1923), que considero - de tudo que li sobre sobre a origem deste palíndromo - o único estudo baseaado em fatos e, por isso, com fundamento cientifico. 

                Recapitulemos: 

              Primeiro: consoante Malba Tahan, citando o escritor inglês John Anthony Bowden Cuddon, este quadro-mágico, extraído de um papiro egípcio, dataria do IV ou V Século antes de Cristo.

              Segundo: informações históricas afirmam que uma cópia deste quadro-mágico foi descoberta nas ruínas de Pompéia, catástrofe ocorrida no século primeiro da era cristã. 

             João Ribeiro, após pesquisas, sustenta, e comprova, em seu escrito que as palavras constantes do mesmo apenas formam um jogo onomástico com os nomes dos Três Reis Magos, nomes que encontrou em histórico livro sobre o catolicismo publicado na Inglaterra. Eis o que diz João Ribeiro

“Encontramo-los nas - “Reflections on the devotions of the Roman Church”- onde   se registra entre outras, a variante de que  os  reis se chamavam: - ATOR, SATOR  e  PERATORAS. Examinando essa onomástica vemos, desde logo, o nome “SATOR”,  que é o primeiro da fórmula; ROTAS”, que é a inversão literal do mesmo nome,  artifício comum nos ensalmos (“ credo” às   avessas e outros). E o começo de “PERATORAS”, sugere “OPERA”. Nova inversão de – OPERA - nos dá literalmente “AREPO”. 

Desta arte ficam por inversão esclarecidas quatro palavras da fórmula:
                     Sator - (Rotas)
                     Opera - (Arepo)
São estes dois nomes de Reis Magos, segundo a variante mencionada.
Resta, apenas, explicar a presença e o sentido da palavra média do ensalmo: “TENET”.
Tem o aspecto (que considero fortuito) do vocábulo latino, mais creio que será de outra origem.
Como quer que seja acho que esse é para mim o único ponto obscuro da famosa fórmula e que não logro explicar.
Contudo, se dispusermos os quatro nomes conhecidos, todos eles de cinco letras poderemos esclarecer sua origem:
                    
                                                       S   A   T   O   R
                                                       A   R   E   P   O
                                                        .    .    .     .    .   
                                                       O   P   E   R   A
                                                       R   O   T   A   S

Os pontos que representam lacunas devem  resultar das  terceiras letras t, e, n, e , t   indispensáveis para a leitura no sentido vertical,  de cima para baixo.”

               Digo eu, agora: 
               
                   a) Esse vocábulo (TENET), bem sugestivo para completar o     palíndromo, possui dois oportunos T, cujo formato é indiscutivelmente de cruz, grande símbolo dos cristãos, não obstante no palíndromo, aparentemente, não tenha qualquer significado, a não ser o caráter místico da referida letra.  
              
                  b) o terceiro nome, ATOR - detalhe que deixou de ser mencionado por Ribeiro - já está implícito no nome de SATOR e, assim, se revelam no palíndromo os nomes dos três Reis Magos.  

             Deste estudo, enfim, nos restam três inequívocas conclusões:

             1) este quadro-mágico, escrito com os nomes dos Reis Magos (para homenageá-los - verdadeiros ícones do cristianismo), justamente por esse fato, só pode ter sido criado após o nascimento de Cristo e logo no início da era cristã, aproximadamente entre o início da mesma e o ano 79 d/C, ano da destruição de Pompéia pelo Vesúvio, em cujas ruínas a cópia foi encontrada. 

           2) por se tratar de uma criação onomástica, com os nomes dos aludidos Reis, não tem tradução;

            3) a religiosidade e misticismo que o cercam têm a ver, não com uma eventual mensagem que alguns tentam deduzir do texto, mas, sim, com o que representavam e representam para os cristãos, desde priscas eras, os nomes daqueles Reis, que foram os primeiros seres humanos a visitar (levando três presentes) os pais de Jesus Cristo, logo após o seu nascimento.   

             As datas das ruínas, nas quais a famosa legenda foi encontrada - na Ásia Menor e em Pompéia - todas posteriores ao nascimento de Cristo, dão total guarida à conclusão.

             Assim, como eu creio estar comprovado, cientificamente, sem adivinhações de qualquer espécie, as conclusões de João Ribeiro - ao contrário do que afirma o inglês CUDDON - esse palíndromo não foi criado quatro ou cinco séculos a/C, não quer dizer absolutamente nada e, também, não é o mais antigo do mundo. Afinal, ele teria, atualmente, cerca de vinte séculos e Sótades já os criava trezentos anos a/C. (Sótades da Maroneia, poeta e satírico grego, a quem os historiadores atribuem a invenção do palínmdromo - viveu no Século III a.C. - que, além de escrever versos eróticos, inventou, ainda, os versos denominados "sotádicos", que tanto se pode ler da esquerda para a direita, quanto da direita para a esquerda, ou invertendo a ordem das palavras, sem alteração do sentido). 
            
             Ademais, se trata de um palíndromo sofisticadíssimo e seria absurdo pensar que alguém, a qualquer época, tenha chegado ao formato do quadro mágico, sem antes passar pela simples construção frasística, sem característica de acróstico. O autor desse palíndromo, seja ele quem for, além de muito religioso - ou um possível religioso de ofício - no mínimo, teria feito, anteriormente, um anacíclico sem esse formato. Mas ainda assim, ele não seria o mais antigo, porque Sótades o antecedeu em três seculos.
             
                Finalmente, só para argumentar, imaginem alguém começar a produzir seu  primeiro palíndromo logo pelo jeito mais difícil, isto é, podendo ser lido em todos os sentidos. Nem mesmo se essa criação fose atribuída a Hercules, autor de inúmeras façanhas - mesmo assim - eu não acreditaria.  
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Obs: quem estiver interessado poderá ter informações mais detalhadas sobre esse assunto nas páginas do meu livro que encontrarão neste blog sob o título "O palíndromo mais antigo do mundo???"



*João Ribeiro, nascimento 24/06/1860 Laranjeiras, Sergipe. Falecimento 13/04/1934 Rio de Janeiro Rio de Janeiro, RJ (Brasil) foi membro da Academia Brasileira de Letras. Além de inúmeras outras qualificações “era professor, filólogo, lexicógrafo, historiógrafo, folclorista, tradutor, jornalista e crítico literário” (“Dicionário Universal Nova Fronteira de Citações”, Paulo Ronai, 1a. Edição, 1985). 

quarta-feira, 15 de abril de 2015

--- O Quadro-mágico Não É Traduzível.

O “quadro-mágico”, não obstante tenha uma mensagem religiosa subliminar, não é traduzível.                    
                 As Traduções sugeridas por alguns pesquisadores e ocultistas (?), para este palíndromo, são equivocadas porque o quadro-mágico SATOR AREPO TENET OPERA ROTAS, não obstante tenha sido criado para passar uma mensagem submilinar religiosa, não quer dizer absolutamente nada, não pode ser o mais antigo do mundo e a indicação da época anunciada para sua criação é desprovida de fundamento.     
                    
                      Vamos aos fatos: em 1936 o pesquisador italiano Matteo Della Corte deparou-se com uma cópia do "quadro-mágico" nas ruínas de Pompéia, cidade soterrada pelo vulcão Vesúvio no ano 79 d/C. 

                     O inesquecível Prof. Júlio César Mello Sousa (que se notabilizou com o heterônimo de Malba Tahan), em seu livro Matemática Recreativa (Malba Tahan, “Matemática Recreativa”, (1o Volume, Editora Saraiva, São Paulo, 1965), informa, por sua vez, que ele está registrado num manuscrito do século XVII,  da Biblioteca Nacional de Lisboa e que o arqueólogo francês, Prof. Franz Cumot, por volta do ano de l933, na Ásia Menor, encontrou-o entre ruínas que remontam ao III Século d/C. 
                  
                    Com base em informações do escritor inglês John Anthony Bowden Cuddon, outrossim, o  escritor Otto Lara Rezende, em artigo publicado no jornal "O Globo", de 13  de  julho de 1986, sob o título  "Palíndromo & Capicua", afirma que “no VI século da era cristã, as cinco palavras sofreram uma corruptela na Etiópia e ficaram conhecidas como sendo os nomes dos cinco cravos da cruz de Cristo. Já na França, seriam as cinco chagas. 

                    Ainda com fundamento na mesma fonte, o saudoso escritor, na referida crônica, informa que "na América do Sul, o miraculoso palíndromo cura mordida de cobra e facilita o parto. Mas ninguém sabe direito o que  significa”. Enganou-se o mestre. A  informação estava submersa numa obra publicada em 1923. Alguém já sabia, sim, pois sobre ele se debruçara até conseguir encontrar a ponta do fio da meada que veio permitir que se desvendasse os segredos que o cercavam. 

                   É bom esclarecer, de início, que não foi um estrangeiro o autor dessa proeza, mas um intelectual brasileiro, nascido no século 19, chamado João Ribeiro (dados biográficos ao final). Mas Otto ignorava o fato. É o que demonstrarei mais a frente.

                   Oportuno esclarecer, ainda, que o quadro não comporta qualquer tradução, uma vez que as palavras que o compõem, com exceção de TENET, não pertencem ao idioma latino, consoante afirmaram todos os latinistas consultados à época em que escrevi TUCANO NA CUT (1996), inclusive o prefaciador do meu livro – latinista emérito – o jornalista Sebastião Nery. 

                   Diga-se, de passagem, aliás, que se ele tivesse sido escrito em latim, na certa, não haveria tantas pretensas traduções e/ou interpretações dispares.     
             
               Por essa razão, todas as versões de pesquisadores, escritores e ocultistas (?), de várias nacionalidades, que pretenderam revelar seu significado, por meio de tradução, estão equivocadas. Para ser enfático: são desprovidas de qualquer fundamento cientifico e não passam de meras especulações ou interpretações esotéricas de escritores que deram asas à imaginação e adivinharam, deduziram ou interpretaram qual "deveria ser" a mensagem do  autor do quadro-mágico, sem um mísero fato que comprovasse a “descoberta”.  

                 Mesmo assim, tenho lido em “sites” e Blogs - e até na Wikipédia - comentários sem maiores indagações sobre o quadro, seguidos de uma dessas versões - como se fossem realmente traduções irretorquíveis, definitivas, principalmente a do ocultista (?) francês Georges Barbarin, bastante utilizada: “Deus, Criador, mantém com cuidado o Mundo em sua órbita”.

                  Alguns dos que ousaram "interpretá-lo", outrossim, mesmo partindo de pressuposto correto, isto é, que as palavras do "quadro-mágico" são puramente simbólicas, “consideram” que há para cada uma delas, consoante o ensinamento do ocultismo (?), uma interpretação especial.  

                  Assim, para os "adivinhos" eles teriam o seguinte significado:

                                        SATOR     =   o Criador; Deus;
                                        AREPO     =   o Mundo; a Humanidade;
                                        TENET     =   suster; manter.
                                        OPERA     =   cuidado; trabalho;
                                        ROTAS     =   rotação; trajetória;
           
                                            
                  Malba Tahan, comentado com fina ironia esta ilação, faz a seguinte observação:

                “Uma vez fixadas essas interpretações (que nos parecem um tanto arbitrárias) teríamos para a famosa legenda: Deus, Criador, mantém com cuidado o Mundo em sua órbita. É essa uma tradução interessante, que não atende, porém, às normas dos latinistas nem as exigências dos matemáticos”. 

                Existem outras versões em torno do histórico palíndromo - algumas até elaboradas com bastante erudição - na base do seria-isso-seria-aquilo, que também não atendem às normas aludidas pelo imortal matemático. 

                   Numa delas, SATOR seria a forma reduzida de Salvador e o AREPO teria sua origem na frase cabalística A Rex Et Pontifex  O ( o A  e  o  O,    primeira   e   última  letras  do alfabeto grego simbolizam o princípio e  o  fim).  E o palíndromo teria o seguinte significado: “O Salvador, começo e fim, rei e pontífice, proteja as obras e os instrumentos agrícolas”. 

             Noutra versão esse palíndromo teria origem em SAT ORARE P  O (per omnia) e o palíndromo seria: “É suficiente orar sempre (e assim) fica o trabalho  diário  no caminho certo”. 

             Mais uma sugere que o SATOR AREPO poderia ser o semeador (ou pai) Arepo e o palíndromo assim se traduziria: “Arepo,  o semeador,  segura as rodas durante o trabalho”.

               Uma quarta variante tenta elucidar o enigma partindo da premissa de que AREPO seria apenas anagrama de  ARchi EPiscOpus. 
             
               Conforme Malba Tahan, o Prof. Mansur Guérios dá duas interpretações ao quadrado mágico. Na primeira, “O agricultor cuida da lavoura e eu passeio de carro” (que me perdoem, mas esta chega ser hilariante). Na outra: “Sator, o pastor, tem suas obras encaminhadas”.
                
             Além dessas ilações ou traduções mistificadoras - perdoem-me a veemência - chamam à atenção nesse histórico anacíclico as contradições sobre a data ou época em que foi produzido e o caráter religioso e místico que o cerca. Irei examiná-los à luz do meticuloso ensaio do jornalista e escritor brasileiro João Ribeiro, “Colméia” - Edição Monteiro Lobato & Cia., 1923 (que considero - de tudo que li sobre o assunto - o único estudo baseaado em fatos e, por isso, com fundamento cientifico, sobre a origem deste palíndromo). 

                Recapitulemos: 

              Primeiro: consoante Malba Tahan, citando o escritor inglês John Anthony Bowden Cuddon, este quadro-mágico, extraído de um papiro egípcio, dataria do IV ou V Século antes de Cristo.

              Segundo: informações históricas afirmam que uma cópia deste quadro-mágico foi descoberta nas ruínas de Pompéia, catástrofe ocorrida no século primeiro da era cristã. 

             João Ribeiro, após pesquisas, sustenta e comprova em seu estudo que as palavras constantes do mesmo apenas formam um jogo onomástico com os nomes dos Três Reis Magos, nomes que encontrou em histórico livro sobre o catolicismo publicado na Inglaterra. Eis o que diz João Ribeiro

“Encontramo-los nas - “Reflections on the devotions of the Roman Church”- onde   se registra entre outras, a variante de que  os  reis se chamavam: - ATOR, SATOR  e  PERATORAS. Examinando essa onomástica vemos, desde logo, o nome “SATOR”,  que é o primeiro da fórmula; ROTAS”, que é a inversão literal do mesmo nome,  artifício comum nos ensalmos (“ credo” às   avessas e outros). E o começo de “PERATORAS”, sugere “OPERA”. Nova inversão de – OPERA - nos dá literalmente “AREPO”. 

Desta arte ficam por inversão esclarecidas quatro palavras da fórmula:
                     Sator - (Rotas)
                     Opera - (Arepo)
São estes dois nomes de Reis Magos, segundo a variante mencionada.
Resta, apenas, explicar a presença e o sentido da palavra média do ensalmo: “TENET”.
Tem o aspecto (que considero fortuito) do vocábulo latino, mais creio que será de outra origem.
Como quer que seja acho que esse é para mim o único ponto obscuro da famosa fórmula e que não logro explicar.
Contudo, se dispusermos os quatro nomes conhecidos, todos eles de cinco letras poderemos esclarecer sua origem:
                    
                                                       S   A   T   O   R
                                                       A   R   E   P   O
                                                        .    .    .     .    .   
                                                       O   P   E   R   A
                                                       R   O   T   A   S

Os pontos que representam lacunas devem  resultar das  terceiras letras t, e, n, e , t   indispensáveis para a leitura no sentido vertical,  de cima para baixo.”

                        Digo eu, agora: 
               
                   a) Esse vocábulo (TENET), bem sugestivo para completar o palíndromo, possui dois oportunos T, cujo formato é indiscutivelmente de cruz, grande símbolo dos cristãos, não obstante, no palíndromo, aparentemente, não tenha qualquer significado, a não ser o caráter místico da referida letra.  
              
                       b) o terceiro nome, ATOR - detalhe que deixou de ser mencionado por Ribeiro - já está implícito no nome de SATOR e, assim, revelam-se no palíndromo os nomes dos três Reis Magos.  

                       Deste estudo, enfim, nos restam três inequívocas conclusões:

                1) este quadro-mágico foi criado com os nome dos Reis Magos para homenageá-los (históricos ícones do cristianismo) e, justamente por esse fato, só pode ter sido criado após o nascimento de Cristo e logo no início da era cristã, aproximadamente entre o início da mesma e o ano 79 d/C, ano da destruição de Pompéia pelo Vesúvio, em cujas ruínas a cópia foi encontrada. 

                   2) por se tratar de uma criação onomástica, com os nomes dos aludidos Reis, não tem tradução;

                3) a religiosidade e misticismo que   o   cercam nada têm a ver com uma mensagem que alguns tentam extrair do texto, mas, sim, com o que representavam e representam para os cristãos, desde priscas eras, os nomes daqueles Reis, que foram os primeiros seres humanos a visitar (levando três presentes) os pais de Jesus Cristo, logo após o seu nascimento.   

                As datas das ruínas, nas quais a famosa legenda foi encontrada - na Ásia Menor e em Pompéia - todas posteriores ao nascimento de Cristo, dão total guarida à conclusão.

              Assim, como eu creio estar comprovado, cientificamente, sem adivinhações de qualquer espécie, as conclusões de João Ribeiro - ao contrário do que afirma o inglês CUDDON - esse palíndromo não foi criado quatro ou cinco séculos a/C, não quer dizer absolutamente nada e, também, não é o mais antigo do mundo. Afinal, ele teria, atualmente, cerca de vinte séculos e Sótades já os criava trezentos anos a/C. (Sótades da Maroneia, poeta e satírico grego, a quem os historiadores atribuem a invenção do palíndromo - viveu no Século III a.C. - que, além de escrever versos eróticos, inventou, ainda, os versos denominados de "sotádicos", que tanto se pode ler da esquerda para a direita, quanto da direita para a esquerda, ou invertendo a ordem das palavras, sem alteração do sentido). 

             Ademais, se trata de um palíndromo sofisticadíssimo e seria absurdo pensar que alguém, a qualquer época, tenha chegado ao formato do quadro mágico, sem antes passar pela simples construção frasística, sem característica de acróstico. O autor desse palíndromo, seja ele quem for - provavelmente um religioso de ofício - teria feito, anteriormente, um anacíclico sem esse formato. Mas ainda assim, ele não seria o mais antigo, porque Sótades o antecedera em três seculos.
             
                Finalmente, só para argumentar, imaginem alguém começar a produzir seu primeiro palíndromo logo pelo jeito mais difícil, isto é, podendo ser lido em todas as direções. Nem mesmo se essa criação fose atribuída a Hercules, autor de inúmeras façanhas - mesmo assim - eu não acreditaria.  

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Obs: quem estiver interessado poderá ter informações mais detalhadas sobre esse assunto nas páginas do meu livro que encontrarão neste blog sob o título "O palíndromo mais antigo do mundo???"

*João Ribeiro, nascimento 24/06/1860 Laranjeiras, Sergipe. Falecimento 13/04/1934 Rio de Janeiro Rio de Janeiro, RJ (Brasil) foi membro da Academia Brasileira de Letras. Além de inúmeras outras qualificações “era professor, filólogo, lexicógrafo, historiógrafo, folclorista, tradutor, jornalista e crítico literário” (“Dicionário Universal Nova Fronteira de Citações”, Paulo Ronai, 1a. Edição, 1985).